domingo, 17 de outubro de 2010

O milagre de Anne Sullivan



O filme “O milagre de Anne Sullivan é baseado num facto real. Relata a história de uma criança, Hellen Keller, que nasceu cega, surda e muda.
Na época, aceitar e educar uma criança nestas condições era de certeza difícil, a sociedade da altura não possuía informação necessária para inclui-la na mesma.
Os pais de Hellen cometeram diversos erros na educação da sua filha, nomeadamente o facto de não controlarem a sua agressividade e a sua vontade. Tratavam-na como um animal, um ser à parte da sociedade. A afectividade, principalmente da sua mãe, era usada como recompensa, principalmente quando a jovem errava.
Quando a situação se torna mais incómoda para a família resolvem pedir ajuda ao instituto Perkins, que lhes envia uma professora particular Anne Sullivan, também ela com limitações a nível da visão.
O processo de “reeducação” de Helen torna-se ao longo do filme no tema principal. Através de várias atitudes a professora vê a sua tarefa como um objectivo difícil de atingir, já que os pais da criança intervêm nos seus métodos, nem sempre aceitáveis.
Quando a professora toma a decisão de ficar a sós com a sua aluna, os pais cedem. O processo foi moroso e através de vários métodos, a professora consegue conquistas diariamente. A aluna vai aprendendo normas de convivência social, bem como a aquisição da linguagem gestual. No regresso a casa, e já sentada à mesa, a aluna tem uma recaída que facilmente é dominada pela professora, demonstrando assim que a sua autoridade prevalece.

Ao visualizar este filme, interpretei mais uma vez que a educação evoluiu bastante, nomeadamente no que diz respeito aos métodos e à relação criada entre um professor e um aluno.
A agressividade/ violência física foi sendo banida ao longo dos tempos, principalmente nas relações pedagógicas.
À luz da época vejo o filme com imensa riqueza pedagógica, nomeadamente na persistência do professor em relação a um aluno.Considero também importante a inclusão social, que está bem patente ao longo do filme, o facto de um deficiente não ser bem aceite na sociedade era de certeza usual na época.

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